Quem usa o cartão de crédito do Banese para fazer compras no exterior vai sentir o bolso pesar a partir de agora. A instituição sergipana, que até então não adicionava margem cambial, iniciou a cobrança de spread de 4% sobre o valor de transações em moeda estrangeira.
O reajuste apareceu de surpresa nas faturas e nas simulações de novos gastos, segundo diversos correntistas. A mudança coloca fim à fama de “spread zero” e muda o ranking dos cartões mais vantajosos para compras internacionais, tema sempre acompanhado de perto pelos leitores do blog UFC-Concursos.
Detalhes da nova tarifa de spread no cartão de crédito
O spread no cartão de crédito funciona como um acréscimo sobre a cotação do dólar comercial. No Banese, o percentual definido foi de 4%, já em vigor desde o início de dezembro de 2025. Somado ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 3,5%, o custo final chega a 7,5% acima da cotação oficial.
Até a alteração, o Banese figurava entre as poucas instituições nacionais sem spread no cartão de crédito, cenário que atraía usuários de todo o país. O destaque maior vinha do cartão Elo Nanquim Banese, famoso por já ter oferecido 37 pontos por dólar gasto e, mesmo após o fim da promoção, mantido a isenção de spread no cartão de crédito.
Clientes relatam que não houve aviso prévio da mudança. Prints de telas de aplicativos e faturas apontam o novo percentual aplicado automaticamente nas conversões. Consultado, o banco ainda não emitiu posicionamento público sobre o reajuste nem atualizou seus materiais de comunicação.
Por que a cobrança afeta quem acumula pontos
Muitos consumidores mantinham o cartão justamente para concentrar despesas internacionais e maximizar ganhos com programas de pontos, como o Livelo. Com a inclusão do spread no cartão de crédito, parte do benefício é anulada, pois o valor adicional encarece cada transação. Para quem viaja ou faz compras em sites estrangeiros com frequência, a diferença pode se traduzir em centenas de reais ao longo do ano.
Na prática, o Banese passa a se alinhar a bancos como BRB, Nubank (modalidade crédito) e Inter, que já praticam spreads próximos. A vantagem competitiva, portanto, deixa de existir.
Opções para escapar do spread no cartão de crédito
Apesar da má notícia, ainda há alternativas sem cobrança de spread no cartão de crédito ou com recompensas que compensam parte do custo cambial. Confira algumas opções mencionadas por usuários impactados:
Cooperativas de crédito – Unicred e Sicoob seguem oferecendo cartões com spread zero e ampla aceitação, especialmente para quem já participa dessas instituições.
Fintechs de pagamentos – Mercado Pago e Recarga Pay mantêm cartões gratuitos sem spread no crédito e ainda oferecem cashback direto na conta.
Porto Bank – Alguns cartões da casa oferecem benefício de cashback sobre o IOF, reduzindo o impacto total da operação.
Caixa Visa (linha premium) – Segue com desconto no IOF, o que ajuda a equilibrar a diferença cambial mesmo onde há spread.
Para quem priorizava pontos e milhas, vale comparar a nova condição do Banese com esses concorrentes, analisando também anuidade, limite e programas de fidelidade. O ideal é calcular o custo efetivo total, incluindo spread no cartão de crédito, IOF e possíveis taxas adicionais.
A mudança reforça a importância de acompanhar periodicamente os termos de uso dos cartões. Bancos podem alterar tarifas a qualquer momento, e consumidores informados conseguem migrar rapidamente para opções mais econômicas.
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