O pagamento por aproximação no metrô acaba de desembarcar em São Paulo. Passageiros das linhas 1-Azul e 3-Vermelha já podem usar cartões de crédito ou débito físicos para acessar as plataformas, sem senha e sem fila para comprar bilhete.
A novidade chega em formato de teste, com duração inicial de seis meses. Cada estação recebeu ao menos uma catraca exclusiva e sinalizada, permitindo que o projeto seja avaliado antes de uma adoção definitiva em toda a rede.
Como funciona o pagamento por aproximação no metrô
Para aproveitar a inovação, basta localizar a catraca identificada com o símbolo de contactless, aproximar o cartão físico — Mastercard, Visa ou Elo — e aguardar o sinal verde. Em menos de dois segundos, o sistema libera a passagem, cobrando automaticamente o valor do bilhete unitário, hoje fixado em R$ 5,20.
Não é exigida digitação de senha, e o recibo aparece depois na fatura do banco, facilitando o controle de gastos. O processo é idêntico ao usado em lojas que aceitam tecnologia NFC, oferecendo praticidade a estudantes, trabalhadores e turistas que circulam diariamente pelo maior sistema sobre trilhos do país.
Embora celulares e smartwatches já tenham se tornado populares para pagamentos no varejo, o pagamento por aproximação no metrô paulistano ainda não contempla versões virtuais de cartão. O foco, por enquanto, são apenas os plásticos emitidos pelos bancos, etapa considerada mais simples para avaliar o desempenho das catracas inteligentes.
- Cobrança automática de R$ 5,20 por viagem;
- Sem necessidade de senha;
- Apenas um embarque permitido a cada 30 minutos por cartão;
- Acatados: cartões físicos Mastercard, Visa e Elo.
O Metrô afirma que, caso o usuário tente passar antes do intervalo mínimo, a leitora exibirá mensagem de erro. A medida reduz fraudes e garante que cada cartão seja utilizado como se fosse um bilhete individual.
Regras do projeto piloto e próximas etapas
O programa-piloto iniciou em 2 de dezembro de 2025 e deve prosseguir até maio de 2026. Ao longo desse período, a equipe de tecnologia do Metrô vai monitorar questões como velocidade de leitura, índices de falha, segurança contra clonagem e impacto no fluxo de passageiros.
Se os resultados forem positivos, a empresa planeja estender o pagamento por aproximação no metrô para as linhas 2-Verde e 15-Prata ainda em dezembro, cobrindo trechos importantes do eixo Paulista e do monotrilho da zona leste. A expansão pode chegar, depois, às linhas operadas por concessionárias privadas, criando um padrão único de acesso.
No entanto, durante o período de testes, a integração com ônibus continua restrita ao Bilhete Único e ao cartão Top. Quem precisar da tarifa integrada deve manter esses meios tradicionais no bolso, evitando surpresas na hora de embarcar em um coletivo da capital.
Integração com ônibus ainda não vale
A impossibilidade de combinar o pagamento por aproximação no metrô com a rede de ônibus tem caráter temporário. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirma que trabalha em uma solução técnica para casar os sistemas, mas não divulgou prazo definitivo. Até lá, os usuários precisam escolher entre conveniência imediata da catraca contactless ou economia proporcionada pela tarifa integrada.
Para o leitor do UFC-Concursos que pretende testar a ferramenta, vale lembrar: cada cartão substitui o bilhete unitário, mas não acumula créditos nem milhas. O objetivo é simplificar a viagem rápida, sem eliminar outras modalidades de pagamento já conhecidas pelo paulistano.
Com mais de quatro milhões de passageiros diários, a malha metroviária de São Paulo se torna pioneira no Brasil ao oferecer, em larga escala, catracas compatíveis com cartões bancários. A iniciativa segue tendência global vista em Nova York, Londres e Santiago, onde o transporte público adotou a conveniência do contactless para acelerar embarques e reduzir filas nos guichês.
Enquanto isso, fiscais e monitores permanecem disponíveis nas plataformas para orientar quem tiver dúvidas. O Metrô recomenda observar a sinalização, manter o cartão na mão antes de chegar à catraca e afastá-lo de smartphones ou chaves, evitando interferência no sensor.
Com a operação em fase inicial, comentários e sugestões podem ser enviados pelos canais oficiais do Metrô, incluindo ouvidoria, redes sociais e totens de autoatendimento instalados em várias estações. Esses dados serão fundamentais para aprimorar o sistema antes da próxima etapa de expansão.


